terça-feira, 11 de outubro de 2011

Debate 'A teoria está na moda?' | 13 Out. | Bartô | 22h




















A teoria está na moda?

Bartô (bar do Chapitô) # quinta-feira, 13 de Outubro # 22h # entrada livre

(ver localização aqui)


organização: UNIPOP, revista imprópria e Zona Franca


com a participação de:

Ana Drago

Bruno Peixe Dias

Nuno Nabais

Com a queda do Muro de Berlim e a crescente hegemonia neoliberal, muitos julgaram que a figura do intelectual comprometido com a transformação radical do mundo era coisa do passado. O «fim da história» de Francis Fukuyama e o «choque de civilizações» de Samuel Huntington serviam não só como diagnóstico de uma época mas também como marcos visíveis de uma esfera pública que tomava como horizonte inultrapassável das sociedades humanas a economia de mercado e a democracia parlamentar.

Na última década, contudo, começaram a ganhar visibilidade uma série de teóricos, dificilmente enquadráveis numa tendência doutrinal única, mas que partilham, no entanto, a recusa do capitalismo como fim da história e uma exigência igualitária que não se satisfaz com os arranjos institucionais de hoje. Nomes como Antonio Negri, Zygmunt Bauman, Slavoj Žižek, Jacques Rancière, Alain Badiou, Judith Butler, Giorgio Agamben, Daniel Bensaïd, John Holloway ou Boaventura Sousa Santos, entre outros, começaram a ser lidos e debatidos para lá dos círculos académicos e de activismo radical, aos quais até então as suas ideias estiveram em parte circunscritas.

Longe de se tratar apenas de uma questão de presença mediática e de edição livreira, as teorias destes autores têm sido objecto de diversas apropriações políticas, em contexto de lutas concretas, nomeadamente em tomadas de posição e manifestos produzidos nos tempos mais recentes, em Madrid, Londres ou Atenas, mas também no quadro de processos reformistas e revolucionários como os que têm caracterizado a história recente de países como o Brasil ou a Bolívia. Estaremos perante a emergência de uma nova figura de intelectual? Tratar-se-á apenas de uma moda, ligada às exigências de um mercado editorial cada vez mais dependente da novidade? Que articulações é que se desenham entre estes teóricos, as suas ideias, e os novos movimentos sociais e políticos? Ao interrogar esta nova visibilidade do intelectual radical de esquerda, este debate procura abordar estas e outras questões.

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